Já tem um bom tempo que o Ministério da Educação prometeu a distribuição de centenas de milhares de tablets para os alunos das escolas públicas brasileiras. A promessa é que, em pouco tempo, os tablets estejam nas mãos dos alunos disputando espaço com o quadro negro, livros e cadernos.

O modelo escolhido pelo Ministério da Educação foi YPY AB7D, que é fabricado pela Positivo Informática. O tablet em questão não parece ser o mais sofisticado, mas é inegável que o uso da tecnologia nas salas de aula tem tudo para ser um benefício.

Como sempre, existem diversos céticos que criticam a ideia, dizendo que “As pessoas estão estudando em escolas sem energia enquanto o MEC está preocupado com tablets“, mas de qualquer modo, é um investimento em educação, seja ele como for. Os tempos são outros e essa é uma oportunidade para melhorar, deixar a forma de aprendizagem mais interessante para os jovens.

O tablet é muito focado em funcionalidade. Luxos como uma boa câmera e acabamento caprichado são descartados do projeto para que ele seja mais barato. O aparelho é dedicado ao público infanto-juvenil então não conta com configurações muito parrudas, apenas um processador de 1GHz single-core, 512MB de memória RAM, 16GB de memória interna (com slot para cartões MicroSD), câmera principal de 2 megapixels e frontal VGA.

Por mais que não seja dedicado à jogos, o tablet tem um conjunto razoável, com o Android 4.0.4 Ice Cream Sandwich e uma GPU até que boa. O chip é um Mali-400MP, que é o mesmo usado no Galaxy S II. A tela de 7″ é capacitiva, e tem resolução de 1024×600. Ele possui apenas conexão Wi-Fi.

Vindo de um produto público, não podemos esperar um Nexus 7 ou um iPad Mini, portanto este YPY com tela capacitiva de 7 polegadas será mais que suficiente para começar um experimento em algum Estado, em determinadas séries. O uso de PDFs e programas educativos mais simples não exige que o hardware seja maior do que isso.

Com coisas como testes de reconhecimento e mapas/modelos físicos interativos o gadget será uma porta para o mundo digital em nossas escolas. Claro que com todo este alvoroço e o objetivo mais que interessante do produto, não queremos que o YPY escolar sofra o mesmo que aconteceu com os desktops destinados à escolas, queremos vê-los nas mãos de crianças, estudando e lendo um bom livro.

Felizmente, o tablet já está sendo distribuído por todo o país, e deve aparecer nas escolas da rede pública em breve. Segundo informações internas do MEC, já foram enviados mais de 600 mil unidades. E aí, o que achou? Acha que tudo isso vai pra frente?

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